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Governo anuncia decreto de emergência em saúde pública devido ao aumento de casos de arboviroses

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O governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), anunciou nesta quarta-feira, 8, a iminência de um decreto oficial de emergência em saúde pública. A medida, motivada pelo aumento de casos de arboviroses urbanas – dengue, zika e chikungunya, visa fortalecer ações de controle e prevenção em resposta ao cenário alarmante. A publicação oficial ocorrerá nos próximos dias.

Medida visa fortalecer ações de controle e prevenção em resposta ao cenário preocupante. Foto: Neto Lucena/Secom

“O decreto de emergência é uma ferramenta que fortalece as ações integradas entre o Estado, os municípios e o governo federal. Ele também viabiliza a liberação de recursos para enfrentamento dessa situação”, reforçou Pedro Pascoal, secretário de Estado de Saúde.

Durante a coletiva, o secretário estadual de Saúde ressaltou que, apesar do aumento de casos de arboviroses, o Estado do Acre está preparado para enfrentar a situação.

“Quero tranquilizar a população de que nossas unidades de saúde estão preparadas. Contamos com leitos de internação disponíveis, pessoal capacitado, medicamentos e insumos necessários para atender os pacientes de forma adequada. Essa estrutura nos permite atuar com eficiência e nos antecipar a uma possível sobrecarga da rede estadual de saúde. Nosso objetivo com o decreto de emergência é fortalecer as ações de prevenção e garantir que o sistema de saúde continue funcionando de maneira organizada, mesmo diante desse aumento significativo de casos”, afirmou.

Secretário de Estado de Saúde, Pedro Pascoal. Foto: Neto Lucena/Secom

Ele destacou, ainda, que o Estado possui capacidade de resposta confortável, tanto para internações gerais quanto para casos que necessitem de terapia intensiva.

Dados da Vigilância

Até a 52ª semana epidemiológica de 2024, foram registrados no estado 6.346 casos prováveis de dengue, representando um aumento de 19,3% em comparação ao ano anterior, com a confirmação de um óbito. O número de casos de chikungunya apresentou um crescimento ainda mais acentuado, de 411,9%, passando de 59 para 302 casos prováveis. O zika vírus, por sua vez, teve um aumento de 49,5%, somando 173 casos prováveis.

Anúncio foi feito pelos secretários de Estado, Pedro Pascoal e do município de Rio Branco, Renan Biths. Foto: Neto Lucena/ Secom

A elevação das estatísticas é atribuída, em parte, ao período chuvoso, que favorece a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor dessas doenças. Crianças, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades estão entre os grupos mais vulneráveis.

De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Pedro Pascoal, 11 municípios apresentam maior número de notificações, sendo Cruzeiro do Sul, Rio Branco e Epitaciolândia os mais afetados. Entre os casos suspeitos de dengue no ano passado, 24 evoluíram com sinais de alarme, indicando risco de complicações graves, e dois óbitos suspeitos seguem em investigação.

Preocupação com o sorotipo 3 da dengue

Outro fator de atenção é o possível ressurgimento do sorotipo 3 do vírus da dengue, que não circulava no Brasil há 17 anos e já foi detectado em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. Embora ainda não haja confirmação da presença desse sorotipo no Acre, a situação exige vigilância constante.

Ações de enfrentamento

Entre as estratégias anunciadas, estão a ampliação de profissionais de saúde por meio de contratações emergenciais, intensificação de campanhas educativas, e ações de combate ao Aedes aegypti, como limpeza de espaços públicos e orientação domiciliar.

Secretário municipal de Saúde de Rio Branco, Renan Biths. Foto: Neto Lucena/Secom

O secretário municipal de Saúde de Rio Branco, Renan Biths, enfatizou a necessidade de colaboração da população para evitar a proliferação do mosquito. “É essencial que todos cuidem de seus espaços, eliminando recipientes que possam acumular água. Também pedimos que recebam bem os agentes de endemias, que estão trabalhando para controlar a reprodução do vetor”, disse.

Serviços de saúde

A Sesacre reforçou que a população deve priorizar as unidades de referência de atenção primária (Uraps), unidades básicas de saúde (UBSs) e unidades de pronto atendimento (UPAs) para casos de sintomas leves e moderados, reservando o Pronto-Socorro de Rio Branco para situações graves.

O secretário Pedro Pascoal reiterou, ainda, a importância de procurar atendimento médico ao perceber sintomas das arboviroses e lembrou que o atendimento precoce pode evitar complicações.

Vacinação Qdenga

Outra medida preventiva em curso no Acre é a vacinação contra a dengue. O estado ainda possui estoque da vacina Qdenga, indicada para adolescentes de 10 a 14 anos. Os jovens dessa faixa etária podem se dirigir aos postos de vacinação para se imunizar, contribuindo para reduzir o impacto da doença na população.

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Educação realiza aula inaugural do curso magistério intercultural indígena

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Por meio do Departamento de Educação Escolar Indígena, a Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) realizou na manhã desta terça-feira, 21, a aula inaugural do curso de ensino médio no magistério intercultural para professores indígenas. A aula foi realizada na Escola Família Agrícola (EFA) Jean Pierre Mingan, localizada no km 9 do ramal Progresso, em Acrelândia.

Da aula inaugural participaram o secretário de Educação e Cultura, Aberson Carvalho, o secretário adjunto de Ensino, Tião Flores; a presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE), Elizete Machado; a representante da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas, Nedina Yawanawa, além de diversos chefes de departamentos da SEE.

O curso conta com a participação de professores indígenas de dez etnias, entre as quais Jaminawa, Huni-Kui, Manchineri, Madja, Kaxinawá e Asshaninka de diversos municípios como Jordão, Santa Rosa do Purus, Feijó, Tarauacá, Porto Walter, Marechal Thaumaturgo, Assis Brasil, Manoel Urbano e Sena Madureira.

Curso de magistério intercultural terá a participação de 102 professores indígenas. Foto: Mardilson Gomes/SEE

O curso de ensino médio de magistério intercultural será realizado em seis módulos, sendo o primeiro com a abertura nesta terça-feira, o qual irá perdurar até o dia 28 de fevereiro. Ao todo, 102 professores indígenas que possuem o ensino fundamental participarão da formação, que terá duração de três anos.

O secretário de Educação (SEE), Aberson Carvalho, destacou a importância da formação magisterial intercultural. “O desafio da educação indígena é muito grande e precisamos respeitar a cultura, a língua e devemos compreender que a ciência e o conhecimento tradicionais são importantes no dia-a-dia da sala de aula. Em breve estaremos formando todos esses profissionais, dando melhores condições à nossa educação indígena”, destacou.

De acordo com o professor Charles Falcão, chefe do Departamento de Educação Escolar Indígena, há uma lacuna muito grande na formação dos professores. “São professores que estão atuando, que tem o ensino fundamental e a gente precisa melhorar a qualidade do ensino”, disse.

Professores de dez etnias participaram do curso. Foto: Mardilson Gomes/SEE

A presidente do CEE, Elizete Machado, destacou a importância do curso, informando que este é o segundo plano que chega para a aprovação no conselho. “A equipe do secretário buscou e hoje resultou neste curso de ensino médio, que prima pela qualidade do ensino e só quem vai ganhar é a própria comunidade indígena com professores capacitados”, disse.

A representante da Secretaria Extraordinária de Povos Indígenas, Nedina Yawanawa, também falou sobre a importância da formação dos professores. “Estamos felizes com essa retomada [da formação], pois é uma formação que muito almejamos e trata-se de um esforço conjunto e estamos felizes com o apoio da SEE”, afirmou.

O professor José Francisco Ferreira Lima, da aldeia Paz, da etnia Shawádawa, de Porto Walter, falou sobre a expectativa de realizar o curso. “Estamos com uma expectativa boa, porque estamos nos reencontrando, trazendo novas pessoas, e meu sonho é fazer uma faculdade de Educação Física”, disse.

Professor José Francisco quer fazer faculdade de Educação Física. Foto: Mardilson Gomes/SEE

O professor Marcos Tadeu Pereira de Amorim, da aldeia São José, também da etnia Shawádawa de Porto Walter, também tem a expectativa que seja um bom curso. Ele tem como meta fazer uma faculdade de Matemática. “Esse curso é importante para a gente ter mais conhecimento e levar para os alunos”, frisou.

Durante a abertura da aula inaugural do curso de ensino médio no magistério intercultural, o professor Jessé Dantas, do Departamento de Educação de Jovens e Adultos (EJA), realizou a entrega de certificados de ensino fundamental para diversos professores que realizaram exame de proeficiência no ano passado.

 

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