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Por conta de ocorrências e falhas na organização, Educação discute cancelamento de concurso

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Por conta de ocorrências de atraso na aplicação das provas, falta de fiscais e desorganização, a Secretaria de Educação (SEE-AC) discute o cancelamento do concurso que ocorreu nesse domingo (1º). A informação foi confirmada ao g1 pela secretaria na manhã desta segunda-feira (2).

A discussão foi causada pelos relatos de participantes que fizeram a prova na Escola Djalma Teles, em Rio Branco, por meio de fotos e vídeos que mostram falhas na organização.

“A prova não está sendo aplicada, todos estão aqui, não existe examinador na sala, são mais de 2h da tarde, a gente foi [inaudível] a prova hoje à tarde. Hoje é dia 1º de dezembro de 2024, Rio Branco, Acre, [Escola] Djalma Teles, está assim, sem silêncio, não conseguimos fazer nossa prova, porque a banca não conseguiu”, diz uma participante.

Com a repercussão dos vídeos nas redes sociais e grupos de aplicativos de mensagem, a SEE-AC divulgou nota na qual afirma que a pasta e o Instituto Nosso Rumo, responsável pelo concurso, estão investigando as causas dessas ocorrências.

Além disso, a nota confirma a reaplicação da prova para os participantes que deveriam ter feito o concurso na Escola Djalma Teles no período da tarde. Os detalhes sobre local e horário serão enviados por e-mail e publicados em edital no site oficial do certame.

“Ressaltamos que se trata de um fato isolado e que o Instituto está conduzindo uma avaliação detalhada para apurar os acontecimentos e prestar as informações necessárias com a máxima transparência”, destaca a nota.

Entretanto, o cancelamento geral do certame ainda está sendo deliberado, e ainda não havia confirmação até o início da tarde desta segunda. O g1 não conseguiu contato com o Instituto Nosso Rumo.

O Ministério Público do Acre (MP-AC) instaurou notícia de fato para apurar possíveis irregularidades, e denúncias em outros locais além da Escola Djalma Teles. O órgão cita relatos de uso de celular em sala, vazamento de questões da prova e falta de supervisão adequada durante o exame.

“O MPAC seguirá apurando os fatos e, caso necessário, adotará as medidas necessárias para assegurar a lisura do processo seletivo”, afirmou o MP por meio de nota nesta segunda.

Certame

Nesse domingo (1º), aconteceu o que é definido pelo Governo do Acre, como o maior concurso público para a Educação no estado. Com 46 mil candidatos inscritos, serão preenchidas 3 mil vagas para cargos de níveis médio e superior, em todas as regiões do estado.

Os portões abriram às 7h30 (horário do Acre) e fecharam às 8h. O tempo mínimo para poder sair do local de prova com o caderno de provas foi de duas horas. No total foram quatro horas de exame.

O certame tem vagas para os cargos de apoio administrativo educacional, destinado a candidatos com nível médio, e para professores em áreas como matemática, biologia, educação física e, pela primeira vez na história, vagas específicas para a educação especial.

Para os cargos de nível médio, a remuneração inicial é de mais de R$ 1,9 mil, mais R$ 420 de auxílio-alimentação. Já para os professores, o salário inicial chega a mais de R$ 3,8 mil, somando o mesmo benefício.

As provas estão sendo aplicadas simultaneamente em diversas cidades do estado, incluindo Rio Branco, Cruzeiro do SulBrasiléia e Tarauacá, seguindo o horário oficial da capital. Os candidatos podiam verificar seus locais de prova no site oficial do concurso (https://www.nossorumo.org.br) e comparecer portando documento de identificação com foto e caneta esferográfica de corpo transparente azul ou preta.

Documentos digitais, cópias ou protocolos não eram aceitos.

O secretário de Educação e Cultura, Aberson Carvalho, destacou a importância do processo: “Este concurso marca um novo capítulo para a educação do Acre. Estamos empenhados em garantir que nossas escolas contem com profissionais qualificados, que tenham uma visão comprometida com o futuro de nossos estudantes”, afirmou em nota divulgada pelo governo.

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Educação realiza aula inaugural do curso magistério intercultural indígena

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Por meio do Departamento de Educação Escolar Indígena, a Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) realizou na manhã desta terça-feira, 21, a aula inaugural do curso de ensino médio no magistério intercultural para professores indígenas. A aula foi realizada na Escola Família Agrícola (EFA) Jean Pierre Mingan, localizada no km 9 do ramal Progresso, em Acrelândia.

Da aula inaugural participaram o secretário de Educação e Cultura, Aberson Carvalho, o secretário adjunto de Ensino, Tião Flores; a presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE), Elizete Machado; a representante da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas, Nedina Yawanawa, além de diversos chefes de departamentos da SEE.

O curso conta com a participação de professores indígenas de dez etnias, entre as quais Jaminawa, Huni-Kui, Manchineri, Madja, Kaxinawá e Asshaninka de diversos municípios como Jordão, Santa Rosa do Purus, Feijó, Tarauacá, Porto Walter, Marechal Thaumaturgo, Assis Brasil, Manoel Urbano e Sena Madureira.

Curso de magistério intercultural terá a participação de 102 professores indígenas. Foto: Mardilson Gomes/SEE

O curso de ensino médio de magistério intercultural será realizado em seis módulos, sendo o primeiro com a abertura nesta terça-feira, o qual irá perdurar até o dia 28 de fevereiro. Ao todo, 102 professores indígenas que possuem o ensino fundamental participarão da formação, que terá duração de três anos.

O secretário de Educação (SEE), Aberson Carvalho, destacou a importância da formação magisterial intercultural. “O desafio da educação indígena é muito grande e precisamos respeitar a cultura, a língua e devemos compreender que a ciência e o conhecimento tradicionais são importantes no dia-a-dia da sala de aula. Em breve estaremos formando todos esses profissionais, dando melhores condições à nossa educação indígena”, destacou.

De acordo com o professor Charles Falcão, chefe do Departamento de Educação Escolar Indígena, há uma lacuna muito grande na formação dos professores. “São professores que estão atuando, que tem o ensino fundamental e a gente precisa melhorar a qualidade do ensino”, disse.

Professores de dez etnias participaram do curso. Foto: Mardilson Gomes/SEE

A presidente do CEE, Elizete Machado, destacou a importância do curso, informando que este é o segundo plano que chega para a aprovação no conselho. “A equipe do secretário buscou e hoje resultou neste curso de ensino médio, que prima pela qualidade do ensino e só quem vai ganhar é a própria comunidade indígena com professores capacitados”, disse.

A representante da Secretaria Extraordinária de Povos Indígenas, Nedina Yawanawa, também falou sobre a importância da formação dos professores. “Estamos felizes com essa retomada [da formação], pois é uma formação que muito almejamos e trata-se de um esforço conjunto e estamos felizes com o apoio da SEE”, afirmou.

O professor José Francisco Ferreira Lima, da aldeia Paz, da etnia Shawádawa, de Porto Walter, falou sobre a expectativa de realizar o curso. “Estamos com uma expectativa boa, porque estamos nos reencontrando, trazendo novas pessoas, e meu sonho é fazer uma faculdade de Educação Física”, disse.

Professor José Francisco quer fazer faculdade de Educação Física. Foto: Mardilson Gomes/SEE

O professor Marcos Tadeu Pereira de Amorim, da aldeia São José, também da etnia Shawádawa de Porto Walter, também tem a expectativa que seja um bom curso. Ele tem como meta fazer uma faculdade de Matemática. “Esse curso é importante para a gente ter mais conhecimento e levar para os alunos”, frisou.

Durante a abertura da aula inaugural do curso de ensino médio no magistério intercultural, o professor Jessé Dantas, do Departamento de Educação de Jovens e Adultos (EJA), realizou a entrega de certificados de ensino fundamental para diversos professores que realizaram exame de proeficiência no ano passado.

 

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