ENTRETENIMENTO
Polícia investiga Andressa Urach por suspeita de apologia da zoofilia
ENTRETENIMENTO
“Virou um hábito. Eu comprei um cachorro para isso”, afirmou na entrevista, ressaltando que a primeira vez ocorreu aos 11 anos.
Os deputados citam no documento o que chamam de tom “natural” da modelo.
“Merece relevo o fato de que, ao descrever publicamente esse episódio, em tom que pode ser interpretado como natural ou aceitável, a sra Andressa Urach pode estar promovendo apologia da prática criminosa, incitando outros a cometerem atos semelhantes”, afirmaram os deputados no documento.
A modelo, que produz conteúdo adulto, já havia tratado do assunto na biografia “Morri para Viver” (Editora Planeta), lançada em 2015, época em que frequentava a Igreja Universal do Reino de Deus e atuava na TV Record.
A coluna procurou a assessoria de imprensa da modelo para obter sua versão a respeito dos fatos relatados no inquérito, mas não obteve resposta.
O texto será atualizado, caso ela se manifeste.
ENTRETENIMENTO
Compositor de Aquarela, Toquinho compartilha memórias em documentário
“Mosca branca”. Nesse caso, descrição atribuída a um musicista que brincava pelas ruas sem asfalto, nos arredores da casa em que viveu quando criança, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo. Compositor de uma das canções que mais marcaram a infância de muitos brasileiros, a que começa com os seguintes versos: Numa folha qualquer/Eu desenho um sol amarelo.
Um dos principais expoentes da música popular brasileira (MPB), Antonio Pecci Filho, que adotou o nome artístico Toquinho, ganhou, aos 78 anos, um documentário que permite que os espectadores revivam com ele sua história, recheada de lembranças bem-humoradas e o brilho único de amizades de longa data.
Dirigido por Erica Bernardini, o filme Toquinho: Encontros e um Violão dá ênfase ao entrecruzamento da vida do musicista com a Itália, repetido muitas vezes ao longo dos anos. Foi, inclusive, nesse contexto que compôs a famosa música Aquarela, que, há quatro décadas, encanta crianças de todo o Brasil. E da Itália também, já que se pode dizer que metade dela é criação sua e metade do italiano Guido Moura. Toquinho conta que Moura já tinha feito parte da melodia e que ele a completou.
Chico Buarque
O musicista relata que, certa vez, foi parar no Velho Mundo por conta de um convite de seu íntimo amigo Chico Buarque, de quem é próximo desde a juventude. Chico havia se mudado para Roma no início da ditadura civil-militar, em 1969, com a então esposa, a atriz Marieta Severo, grávida da primeira filha do casal.
Embora nessas e em outras narrações, Toquinho seja capaz de adicionar comicidade, também demonstra ter sensibilidade e a devida seriedade ao compartilhar o caso de um amigo que foi perseguido pelos agentes de repressão.
Ele e outro parceiro na arte, o violonista e compositor gaúcho Lupicínio Moraes Rodrigues, mais conhecido como Mutinho, explicam no documentário que a canção Lembranças foi uma forma de homenagear um amigo, Tenório, que foi torturado e assassinado pelos militares.
A letra remete às arbitrariedades da ditadura: Pedro seguiu seu caminho/Chico pediu pra ficar/Tenório saiu sozinho na noite: sumiu, ninguém soube explicar/Outros amigos se foram/Guardando seus ideais/Entre verdade e delírio/Uns semearam saudade no exílio/Outros não voltam jamais.
Mutinho assinou um dos álbuns mais celebrados, o Casa de Brinquedos, com faixas de gente tarimbada, como Moraes Moreira, Chico Buarque e Tom Zé.
Acidente do irmão João Carlos
Outra vivência de Toquinho, tratada com igual delicadeza, é o acidente de seu irmão, João Carlos Pecci. João Carlos fala de Toquinho com imenso amor e diz que perdeu o movimento das pernas após seu carro sofrer uma colisão, no caminho de um show de Nara Leão.
João Carlos, depois do acidente, passou a se dedicar à escrita e, logo que finalizou sua primeira obra, pediu ao irmão que lesse, para dizer o que achava. Toquinho entregou a ele uma fita cassete, com a canção Meu irmão gravada. “Está aqui a resposta”, disse Toquinho a ele.
Emocionante, a música tem uma mensagem de pura conexão fraternal: Você meu grande herói/Mais poderoso que o inimigo/Você, constante amigo, meu distante companheiro/Você, que o tempo inteiro não tem medo do perigo, não.
Além de dividir memórias de seu círculo mais próximo, vai, ao longo do documentário, refazendo seu caminho sem deixar de fora os momentos em que se sentiu inseguro na carreira. Ressalta, por exemplo, que, no território italiano, teve certo receio de tocar em uma casa de shows vazia.
Isso contrasta com os primeiros passos no aprendizado do violão, quando, extremamente confiante, quis saltar do simples dedilhar a ocupar horários na agenda de grandes mestres, o que acabou conseguindo.
E tudo se desdobrou não sem sua dedicação, o que sublinha até hoje como sua marca. Toquinho afirma que toca todo dia. “Sinto falta da força física da música”, justifica.
Vinicius de Moraes
Quanto à parceria mais longeva, com o musicista, poeta, dramaturgo e jornalista Vinicius de Moraes, uma das opiniões que buscam sintetizá-la é a do apresentador televisivo Pedro Bial, que diz que Toquinho “era tão herege e livre” quanto Vinicius. Para Bial, a dupla respeitava, com suas composições, “uma nobreza que não ficava presa em ternos e gravatas” e, por isso, cativava muito facilmente.
O documentário, que também apresenta um rico acervo de fotos, incluindo uma de Toquinho com Bob Marley e craques do futebol brasileiro, foi realizado no âmbito dos 150 anos da Imigração Italiana no Brasil, promovido pela Embaixada da Itália.
O filme pode ser assistido gratuitamente até o próximo domingo (8), pelo site Toquinho: Encontros e um Violão. A produção faz parte do Festival de Cinema Italiano no Brasil.
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